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Nossa História

Durante a ultima década o movimento agroecológico atuou e ganhou força na região do Vale. Diversas foram as atuações dos diferentes sujeitos que promoveram oportunidades de vivências, formações e reflexões sobre as possibilidades e aspectos no universo da agroecologia e da restauração ecológica. Abriu-se espaço em diferentes frentes inclusive no setor das sementes florestais. A trajetória culminou recentemente nas ações que impulsionaram este grupo. No inicio de 2021 foi realizado a implantação de 4,49 ha de plantios de muvuca em quatro municípios do vale (Fapesp). Em 2022 também houveram diversas iniciativas de semeadura direta como da TNC ( The Nature Conservancy), onde foram utilizadas as sementes produzidas localmente. Foram coletados entre 2019 e 2021 aproximadamente 2,3 toneladas de sementes florestais e de adubação verde pelo grupo dos Coletores de Sementes do Vale do Paraíba, contando com mais de 52 espécies, com envolvimento direto de 26 pessoas de 5 municípios da região. Ao mesmo tempo junto a parceria do projeto Fapesp-Conexão Mata Atlântica, foram fomentados o estabelecimento de sistemas agroflorestais nas unidades de produção familiar dos coletores. Na busca de garantir a segurança alimentar e disseminar a prática dos SAF’s, bem como a sustentabilidade dos sistemas produtivos, e ainda enriquecer e diversificar as áreas produtivas dos coletores/agricultores.

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Vale do Paraíba

A região tem 2.576,250 habitantes- IBGE(2019). A água produzida abastece duas regiões metropolitanas: São Paulo e Rio de Janeiro. A atual vegetação remanescente da Mata Atlântica e Cerrado mostra muita alteração com poucas áreas extensas conservadas, o que limita a atividade da fauna. Na região, a pecuária extensiva ocupa cerca de 50% das áreas produtivas na maioria dos municípios. A atividade de Restauração Florestal sócio-inclusiva, abre grandes oportunidades de geração de emprego e renda para as comunidades componesas da região e  promete suprir os gargalos já identificados como a oferta de sementes de espécies diversas e com alta variabilidade genética.

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Semeadura Direta

São utilizadas espécies de adubação verde como estratégia de recobrimento, para inibir o crescimento dos capins invasores, bem como no preparo do ambiente para as espécies arbóreas. A identificação de espécies arbustivas e herbáceas, têm sido de grande valia para a introdução nos plantios de Restauração Florestal, mais rústicas e com grande capacidade de resiliência, também em sua maioria são ótimas fornecedoras de alimento para os insetos e polinizadores que são de suma importância para o estabelecimento futuro das espécies arbóreas e a garantia da reprodução e equilíbrio biológico da floresta.

O método de semeadura direta têm sido utilizado e mostrado bons resultados em relação aos plantios de restauração convencionais. Conhecido também como “Muvuca de Sementes”, a técnica consiste em misturar sementes de espécies florestais nativas, espécies agrícolas e de adubação verde, junto a um material que auxilia na homogeinização da mistura podendo ser areia, serragem ou terra. São escolhidas as espécies de acordo com o ecossistema da região onde será implantado, levando em consideração a sucessão florestal e as espécies que ocupam os diferentes espaços no tempo, de acordo com os diferentes ciclos, durante a dinâmica de formação da nova floresta e do seu estabelecimento futuro bem como a sua longevidade e capacidade de se auto propagar.

Âncora Mata Atlantica

A Mata Atlântica, tal como a conhecemos hoje, evidencia, em sua composição, estrutura e funcionalidade, a resultante dialética da presença de seres humanos, e não da sua ausência.  Deste modo, da pré-história aos dias atuais, as interferências e interações humanas se expressaram por este bioma e a longo da história transformaram a paisagem e, sem dúvidas, ao ser humano.

Image by Kunal Shinde

A Mata Atlântica

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A Mata Atlântica é um dos grandes biomas brasileiros e uma das florestas mais ricas em diversidade de vida no planeta, a segunda maior floresta em extensão do Brasil, constituída de planaltos e serras.  A Mata Atlântica é composta por formações florestais nativas (Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Estacional Decidual), e ecossistemas associados (manguezais, vegetações de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste).

 

Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, na Mata Atlântica existem aproximadamente 20.000 espécies vegetais correspondentes a mais de 35% das espécies existentes no Brasil, incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. Da mesma maneira, a fauna é muito rica. Segundo estudos realizados, a Mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes.

Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, a Mata Atlântica fornece serviços ecossistêmicos essenciais para os 145 milhões de brasileiros que vivem nela. As florestas e demais ecossistemas que compõem a Mata Atlântica são responsáveis pela produção, regulação e abastecimento de água; regulação e equilíbrio climáticos; proteção de encostas e atenuação de desastres; fertilidade e proteção do solo; produção de alimentos, madeira, fibras, óleos e remédios; além de proporcionar paisagens cênicas e preservar um patrimônio histórico e cultural imenso.

Na época da ocupação/invasão do Brasil pelos europeus, a Mata Atlântica era contínua como a floresta Amazônica e constituía a segunda maior floresta tropical do Brasil. Ela abrangia uma área equivalente a 1.315.460 km², estendendo-se por grande parte da costa do país. Hoje resta cerca de 29% de sua cobertura original.

A Mata Atlântica se estende ao longo de 17 estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí.  

Atualmente, vivem na Mata Atlântica cerca de 72% da população brasileira (IBGE, 2014). São mais de 145 milhões de pessoas em 3.429 municípios, equivalentes a 61% dos existentes no Brasil.

Neste contexto, a conservação dos remanescentes de Mata Atlântica e a recuperação da sua vegetação nativa tornam-se fundamentais para a sociedade brasileira, destacando-se para isso áreas protegidas, como Unidades de Conservação (SNUC – Lei nº 9.985/2000) e Terras Indígenas (Estatuto do Índio – Lei nº 6001/1973), além de Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal (Código Florestal – Lei nº 12.651/2012).

O bioma também é protegido pela Lei nº 11.428/2006, conhecida como Lei da Mata Atlântica, regulamentada pelo Decreto nº 6.660/2008.

No dia 27 de maio é comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica.

 

Fonte: SOS Mata atlântica e Ministério do Meio Ambiente

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